sábado, 4 de agosto de 2007

Curiosidades...

Coisas da Austrália


Tim Tam
Crush
Obrigação de usar cinto de segurança no banco de trás
Porshe para todos os lados
Comida com chili
Culinária tailandesa
Asiáticas ultras fashionistas
Japonês de cabelo duro
Anúncio de casa com a foto do corretor de imóveis
Hungry Jack (famoso Burger King)
Surfista japonês
Para usar o orelhão é preciso pagar 50 centavos
Trem moderno que liga praticamente todos os bairros da cidade


Coisas que eu nunca vi na Austrália

Mosca
Rato
Pão francês
Fubá
Pão de queijo
Feijão
Argentino
Presunto e mussarela fatiado
Mortadela
Cigarro a varejo




Coisas muito caras na Austrália

Cerveja – AUD $ 4.50 uma garrafa
Vodka – AUD $ 30
Cigarro – AUD $ 9 o maço com 20
Carne – em média AUD $ 10
Pasta de dente – AUD $ 4.50
Frutas – Banana AUD $ 1 cada uma
Unha – AUD $ 35 (pé e mão)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Oriente não é Ocidente

Definitivamente nós somos um povo diferente. Não que sejamos anormais no mundo, nada disso. Mas se formos nos comparar com os orientais, quanta diferença! O engraçado é que mesmo nascendo, crescendo e vivendo em mundos tão distantes crescem amizades, talvez, eternas.
Um aviso para quem vem para a Austrália: prepare-se para adotar um asiático. Eles são maioria entre os estrangeiros. Apesar de que nós brazucas não ficamos muito atrás não. Mas é comum andar pelas ruas de Sydney e se sentir em Tóquio, ou na Coréia do Sul, ou talvez na China. Alguns são ultra-fashionistas, outros mais normais, e há ainda os contidos, porém são todos apaixonantes e encantadores. Dá para notar só pelas fotos que eu tenho e posto no orkut (para quem me visita por lá); sempre tem um par de olhinhos puxados.
Conheci alguns de cada tipo e posso dizer com segurança, eu adoro vários deles. Ou até melhor, não tem um que eu não goste. In Woo, coreano mais próximo de mim, é um cavalheiro. Tá sempre nas minhas fotos! Ficou assustado (ou seria encantado?) de saber como é o carnaval no Brasil. Imaginem, eu contando para um coreano que não pode beijar em público na Coréia, que no Brasil, durante o carnaval, ou não, é tudo liberado! Ele logo falou que em 2009 estará em terras tropicais para curtir esta festa! Só esqueci de avisar que talvez as brasileiras não gostem muito do tipo físico deles...
Embora seja bem diferente do jeito brasileiro, aqui na Austrália eles podem se liberar mais um pouco. E aproveitam bem essa chance! As japonesas dançam muito engraçado... Os garotos se entopem de cerveja... E assim, curtem a vida longe dos próprios países, onde a criação é bem mais rigorosa.
Diferenças culturais à parte, eles são muito inteligentes, de verdade. Entendem gramática com a maior facilidade do mundo, têm vocabulário vasto, e só se embolam na pronúncia, até por que para eles é bem mais difícil falar, ao contrário do que acontece com os ocidentais, que têm, pelo menos, alfabeto semelhante. São interessados, e querem sempre saber pronunciar palavras em português. Ah, e todas as sextas-feiras agradecem aos amigos brasileiros! É que na escola é de praxe fazer um discurso no dia da graduação, ao fim do curso.
Ensinam uma lição de que neste mundo as diferenças não existem. Estão apenas na cabeça dos homens. Essa é mais uma que eu aprendi aqui, na terra do Tim Tam!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A casa delas

Nova cidade, nova vida e, por conseguinte, novo lar. Mas elas sabem, não foi tão fácil assim encontrar a tão sonhada moradia na Austrália. Primeiro porquê para quem veio do Brasil pensar em dividir a casa com um desconhecido parecia roteiro de filme; muito longe da realidade carioca. Depois, foi a vez do dilema de procurar um quarto para duas, bem localizado, por um bom preço e com alguém que tivesse pelo menos uma cara amistosa.
A missão começou em um site de internet. Estranho para quem sequer imaginou oferecer uma parte da casa para um desconhecido. As primeiras buscas não foram tão entusiasmadas, já que a primeira temporada na terra dos cangurus seria em solo de brazucas. Mas depois de alguns dias de festinhas, bebidas e noites mais ou menos dormidas eis que a necessidade falou mais alto, e lá foram elas, enfim, atrás da casa dos sonhos.
Que tal um apartamento com vista para o mar, sala espaçosa, uma japonesa até simpática, com um cachorro também simpático, e um quarto para duas com banheiro? Parecia ser um prêmio da mega-sena. Empolgação à primeira vista, decepção poucos dias depois. O tal cara que alugaria o quarto pediu mais tempo, e isso era o que as duas menos tinham para gastar por aqui.
A luta continuou, como já dizia o presidente Lula. Nos momentos finais, já perto do fim da temporada em solo brazuca na Austrália, o desespero bateu. Uma bela manhã, que parecia perfeita para dormir e sair para passear, elas passaram no orelhão, que aqui se paga 50 centavos para usar, ligando para todas as opções que lhes pareciam interessante.
Visita aqui, visita acolá, e enfim, ela apareceu. Exatamente no lugar onde elas sonharam morar...vista para o mar de Tamarama - se não o mais, um dos mais bonitos, um flatmate com um sorriso largo e paz de espírito, um preço extremamente atrativo - se levada em consideração a gama de vantagens, pouco espaçoso, mas bem decorado, perto da escola, da praia, do parque, do ponto de ônibus, do pub, do restaurante, do supermercado...Bingo!
A mudança foi feita na hora certa. A vida começa na Austrália, em paz, de frente para o mar, morando com um nativo de Bermuda – o que deve ser muito raro de se conseguir, que cresceu na Inglaterra, e portanto tem inglês super ultra mega correto, mora há 15 anos na Austrália. Foi casado com uma australiana durante cinco anos, é filho de um bancário e uma professora, tem quatro irmãos, é jornalista, porém não escreve mais, adotou a profissão de paparazzi mas intercala a rotina de fotos com um roteiro de filme, ensina expressões novas, palavras mais informais, corrige erros e ainda por cima trata as duas como se fossem melhores amigas.