sábado, 26 de janeiro de 2008

Sim, eu descobri o paraíso!

A cada dia, ao acordar, sinto que eu entro em um sonho, num paraíso chamado Sydney. Sim, esta cidade grande, urbana, moderna, tomou meu coração de uma tal maneira que já sofro de pensar que vou deixá-la em pouco mais de cinco meses.

E o melhor é que essa sensação de viver em um sonho não é só minha. Compartilho desta mesma idéia com paulistas, cariocas, gaúchos, baianos, tocantinenses, pernambucanos, paranaenses, e Brasil afora. Claro que cada canto do nosso país tem seu jeito. E digamos que o meu canto por lá não anda tão sossegado como diz o nome; Barra Mansa já não é mansa.

A Austrália é um país multi-cultural, muito, muito longe do Brasil, mas que nos faz sentir como se estivéssemos em casa. São diversos rostos diferentes, de todas as partes do mundo, sincronizados em um universo de paz, alegria, natureza, felicidade plena e intensa.

Pra falar a verdade, até agora conheci duas pessoas que não gostaram de estar aqui. E por motivos bem pessoais, diga-se de passagem. Quem por aqui chega, seja das Américas, da Europa, da África ou da Ásia, dificilmente quer voltar ao lugar de onde veio.

Motivos são inumeráveis. Embora possa contar os meus. Em primeiro lugar vem a sensação de segurança e liberdade, coisa que nunca senti no Rio. Ando pelas ruas aqui a qualquer hora do dia sem olhar para trás, com medo de alguém estar me seguindo. Uso meu ipod, última geração, atendo o celular no ônibus, sento ao lado de qualquer um no trem (ou metrô), e sou capaz de ir sozinha à praia à noite.

Em segundo, vêm as maravilhas naturais. Embora totalmente cosmopolita, Sydney tem praias, parques, reservas, e outras belezas que são inexplicáveis; só vendo para crer. Praias urbanas e desertas, grandes e pequenas, cheias e vazias, com onda ou sem onda, de acordo com o gosto de cada um.

A parte central da cidade intercala um super parque, chamado Hyde Park, com prédios imponentes como das empresas Ernest&Young, ou PriceWaterHouse Coopers. O interessante é que nem de longe se parece com o Rio, ou que dirá São Paulo, porque aqui, há espaço entre os big buildings, no sentido literal da expressão.

Terceiro lugar posso dizer que está à qualidade de vida. Apesar de ser Primeiro Mundo, é possível comer bem, freqüentar restaurantes legais, comprar roupas de marcas, ir a grandes shows, e entrar nas noitadas sem pagar nada!

Em quarto, e quase chegando ao último (estou cansando!), está à educação do povo australiano. Eles pedem desculpa, com licença, por favor... Respeitam as leis (claro, como toda regra, existem as exceções) e prezam pelo patrimônio próprio. É raro ver lixo nas ruas, as praias são super limpas, e há banheiro público para todos os cantos, com um detalhe: sempre limpos! As pessoas atravessam na faixa de pedestre, e todos os carros páram. E o ônibus só pega passageiros no ponto, embora os horários não sejam tão rigorosamente cumpridos.

Por último vem a oportunidade de trocar experiências culturais com o mundo todo! Trabalho com um italiano, uma eslovaca, uma armênia e dois australianos; já trabalhei com francês, inglês, colombiana, tailandês, e outros mais, e com cada um deles aprendi um pouquinho sobre o mundo. E confesso, tenho sentido que ele é muito pequeno! Pronto para ser desbravado!