quinta-feira, 27 de março de 2008

A extinção do telefone

Eu vivo me perguntando o que seria de nós, pobres mortais, sem tecnologia? Como é difícil imaginar o mundo sem telefone, computador, internet, tv a cabo, rádio, celular, ipod...

Embora tenha muitas e muitas vantagens, tanta tecnologia tem tornado o mundo mais frio, menos humano. Opiniões à parte, fato é que esta semana me joguei em uma nova página de internet. Sim, agora também posso ser encontrada no Facebook.

Tudo começou na tarde de sábado passado, quando uma amiga que está saindo com um norueguês resolveu “fuxicar” a página do tal rapaz. Eu pensei, hum, acho que tenho que fazer parte deste mundo aí. Ela, mais que rapidamente, concluiu que orkut, agora, é “coisa de brasileiro”. Para ser mesmo globalizado, a parada é fazer parte do Facebook. E fui eu construir meu perfil.

Funciona quase que da mesma maneira que o orkut – que muitos amam, outros odeiam. Vc coloca nome, idade, aniversário, interesses, fotos, vídeos, tem uma página de recados e pode interagir com seus amigos que estão por lá. Um dos acréscimos do Facebook é poder descobrir com qual modelo da Victoria Secret’s vc tem mais a ver, e ainda especificar seu humor do dia, entre várias outras formas de entretenimento.

Entretanto, resumindo em poucas palavras, nada mais é que uma nova maneira de tornar o mundo mais frio e superficial, em minha opinião. Por experiência própria posso dizer que a internet ajuda a manter-me conectada ao Brasil, mas ao mesmo tempo me distanciou dos meus amigos e familiares. Afinal, é muito mais fácil (e barato) deixar um recado no orkut que pegar o telefone (e gastar 10 dólares por um cartão). No começo, falava com meus pais no mínimo quatro vezes por semana. Hoje em dia, não passa de duas. Minhas melhores amigas então, se falaram comigo três vezes pelo telefone foram muitas, e sempre eu que liguei!

Temo que tanta facilidade em se comunicar via internet torne o telefone um aparelho obsoleto. Tenho me policiado para usar menos emails e mensagens, e falar mais pelo telefone. Por mais que exista a distância, não a nada como ouvir a voz da outra pessoa, sentir as emoções expressadas...Espero que meus filhos façam o mesmo, se é que existirá telefone até lá!