sábado, 21 de novembro de 2009

Happy 1st Anniversary!

Taí a matéria de capa da nossa edição n.12 da Falamos Português! Nada mais provincial do que contar a história dos aussies que falam português, não acham?!

Nós falamos português!

Três australianos contam suas histórias em relação a nossa língua e as experiências no Brasil

De acordo com dados oficiais do Ministério das Relações Exteriores, nós somos entre 12.000 e 18.500 na Oceania, o que pode se dizer que a grande massa está aqui na Austrália. Somados aos mais de 40 mil portugueses registrados no Consulado de Portugal, podemos concluir que aproximadamente 60 mil pessoas falam português na Austrália, certo? Errado! Nesta lista não estão incluídos os gringos que se aventuram na nossa língua.

Para comemorar a 12ª edição, a Falamos Português resolveu ir atrás deles, os australianos que falam português. Abaixo, eles contam como foi aprender o idioma, as experiências engraçadas, constrangedoras, e os bons (e maus) momentos no Brasil.

Amados vizinhos

Tudo começou com samba, pagode e churrasco no quintal de casa. Foi assim que a australiana Melissa Clissold teve seu primeiro contato com os brasileiros na Austrália.

Moradora de Manly, um dos bairros que concentram a maior quantidade de brasileiros em Sydney, Melissa conheceu os vizinhos em 2004, e desde então não consegue se desvencilhar da cultura, língua e comida brasileira.

A aproximação e interação foi tamanha que Melissa resolveu ir morar no Brasil em 2005. Detalhe: sem falar nada em português. No início, ela tomava duas horas de aulas com uma professora, mas depois Melissa resolveu aprender por si só, na cara e na coragem.

- Comprei um livro e comecei a me dedicar. O engraçado é que ao invés das pessoas falaram comigo em português eles preferiam falar em inglês, por saber que eu era australiana – conta Melissa.

Segundo ela, o português só foi deslanchar depois de duas semanas de férias no litoral de São Paulo convivendo com uma família brasileira que não falava nada de inglês.

Entre os piores momentos do outro lado do globo, Melissa conta que em sua primeira temporada no Brasil, que durou um ano, ela viu uma menina ser assaltada em São Paulo, mas com ela mesma nunca houve nada parecido.

As boas lembranças ficaram das viagens a Florianópolis, Porto Alegre, Rio, Buzios, Bahia e litoral de São Paulo.

Depois de um ano, Melissa voltou para Austrália, mas acabou indo para o Brasil novamente por mais seis meses, já que o coração foi conquistado por um brasileiro. No entanto, a australiana decidiu voltar para a Austrália há 3 meses, e ainda não sabe quando será a próxima visita ao Brasil.

- Continuo tendo meus amigos brasileiros aqui, e falando português sempre que posso – admite Melissa.


Do Oiapoque ao Chuí

O australiano Nathan Odell, 31, nunca imaginou que o espanhol básico lhe facilitaria tanto a vida. Depois de uma temporada na Venezuela jogando rugby, o aussie resolveu se aventurar pela floresta brasileira, até chegar ao destino de seu vôo no Rio de Janeiro. O que ele não sabia é que no meio do caminho a história mudaria.

Ao embarcar em uma balsa de Manaus a Belém, o único gringo traçava um caminho de aventuras que passaram por fazendas de açaí, floresta amazônica na região de Belém, entre outros momentos inesquecíveis. Com seu espanhol, Nathan conseguiu se virar em português nos quatro dias que viajou até a capital do Pará. Claro que a ajuda de um “mate” brasileiro foi fundamental; foi o papel de Danilo, ou “o Indio”.

- Ele me levou para conhecer lugares fantásticos – conta Nathan. – Provei açaí quente com peixe e farofa. Ainda prefiro o açaí com guaraná, porque sem, como foi servido com peixe, perde um pouco o sabor – avalia o aussie.

Depois de um mês em Belém e arredores, Nathan seguiu rumo ao Rio de Janeiro, onde ficou por quatro dias, e voltou para a Austrália.

Entretanto, um ano depois estava ele lá de novo em terras brazucas. Na segunda temporada de Brasil, Nathan conheceu São Luis, Fortaleza, Jericoacoara, Natal, Recife, Salvador, Teresina, Chapada Diamantina e Arraial D´ajuda. Inclui-se no pacote carnaval em Salvador e pós em Arraial.

- Da segunda vez, eu entendia melhor o português, mas falar ainda é mais difícil do que ouvir; não consigo ler em português, por exemplo – explica ele. – Mas eu realmente gosto muito do povo, da língua, da cultura, da sensação de calor humano; realmente só no Brasil tem isso.

A segunda temporada terminou mais uma vez em solo carioca, com direito a escalada da Pedra da Gávea, visita ao Pão de Açucar, surf na Prainha e São Conrado e muito, muito samba.

Nos planos de Nathan estão definitivamente a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas no Rio em 2016, porém é possível haver uma brechinha para o próximo verão. Quem sabe?!



Um apaixonado pelo futebol

Filho de uma cubana e um boliviano, o australiano Angelo Sabag, 18 anos, rumou para o Brasil em janeiro e ficou por lá até junho em busca do sonho de jogar futebol profissionalmente.

A fluência no espanhol também facilitou a vida de Angelo, que mesmo assim, ele conta, ouviu brincadeiras dos amigos brasileiros nos dois primeiros meses em que ficou concentrado em Águas de Lindóia, SP.

Agora fluente também em português, Angelo admite que seu ídolo maior é Ronaldo, e por isso ele é torcedor do Corinthians. Nos planos do jovem estão testes para times de futebol aqui na Austrália, e ainda na Espanha e Itália.

- Gostaria de ter ficado mais tempo no Brasil, pelo menos um ano, mas só me deram visto de turista por quatro meses – conta Angelo. – Agora vou tirar meu passaporte espanhol e boliviano e aí quem sabe volte para jogar no Brasil um dia – sonha o aussie.

Fã de pagode, especialmente o grupo Pixote, Angelo confessa que a mãe sempre lhe diz que seu futuro será, no mínimo, com uma brasileira. Namoradas por lá ele já teve, embora não fosse nada sério por conta da dura rotina de treinamentos.

- O futebol aqui na Austrália ainda está muito longe de chegar ao nível do Brasil; por lá os treinos são duas vezes ao dia, enquanto aqui são no máximo três vezes na semana – ele relata.

Na bagagem de volta à Austrália, Angelo trouxe a paixão por caipirinha, churrasco, e pela cultura brasileira. Pelo menos uma vez por mês, é possível vê-lo saboreando um bom churrasco na churrascaria Braza.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Falamos Portugues!

Oi gente! A revista sai hoje! Estou ansiosissima pra ver! Quem quiser conferir e so acessar o site amanha www.falamosportuguesmag.com.