terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Coisas sem por que

Na Austrália, a moeda também é chamada de dólar, assim como nos Estados Unidos. A diferença é que um dólar australiano equivale a, mais ou menos, 0,90 centavos de dólar americano. Em comparação ao real, um australiano é igual a R$ 1,67.
Entre notas e moedas, existem as de cinco centavos, 10 centavos, 20 centavos, 50 centavos, um dólar e dois dólares, em moedas; e cinco dólares, 10 dólares, 20 dólares, 50 dólares e 100 dólares em notas, de plástico.
Porém, de acordo com a história do país, em 1966 existiam, além das atuais, moedas de um e dois centavos, e notas de um e dois dólares. Tais valores saíram de circulação há poucos anos. As moedas de um e dois dólares substituíram as notas, no entanto, as redondinhas de um e dois centavos simplesmente desapareceram do mapa. O usual, agora, é arredondar o valor para o mais próximo de cinco centavos.
O detalhe é que, ainda hoje, se você for ao supermercado, por exemplo, a banana pode custar $ 2,49 o quilo. Oras, por que colocar $0,09 centavos no preço se não é possível dar um centavo de troco? Já tentei argumentar algumas vezes, mas foi frustrante. Eles não costumam ser muito educados quando contrariados, sabe…
Enfim, são certas coisas do Primeiro Mundo que eu, como boa terceiro-mundana, não entendo!!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Devaneios do dia-a-dia

Coisas a copiar

Na Austrália, diferentemente do Brasil, a troca de chefes de Estado acontece assim que as eleições são definidas. Foi assim, há pouco mais de um mês, com John Howard, que depois de 11 anos no comando da terra dos cangurus passou o bastão para o atual Kevin Rudd. Howard deixou o cargo não tão querido como era quando entrou. É que para os australianos, o ex-PM errou ao seguir demais os passos do presidente americano George Bush. Principalmente, quando o assunto é guerra do Iraque e não assinatura ao protocolo de Kyoto. De acordo com a nossa Miriam Leitão, foi o primeiro chefe de Estado "queimado" pelo aquecimento global. Faz sentido.

Mas, voltando ao tópico, no Brasil não há motivo para o presidente (ou governador, senador, deputado, vereador...) permanecer mais dois meses no cargo, caso ele não tenha sido reeleito. Tal regalia abre brecha para o famoso arrombamento dos cofres públicos. E larga a p... voadora para o próximo, que entra sem um tostão para gastar.

Vale a pensativa...por que não propôr um novo projeto de lei mudando essa regra de tomar posse só no início do próximo ano?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

M-O-N-O-B-L-O-C-O que beleza, uh, Monobloco!

MERECE UM POST!

Desculpe aos amigos que me visitam pela extrema ausência do blog... Vida agitada aqui em solo australiano, seria a melhor explicação, mas a preguiça vem batendo com força tb...

Mas, pra sacudir essa poeira e botar esse blog na crista da onda de novo, vale a pena compartilhar a belíssima notícia que tive hoje, confirmada há poucos instantes. Eis que aterrisará em solo australiano, exatamente no dia 11 de janeiro, nada mais, nada menos que, Monobloco!!

Sim, a banda carioca que abala qualquer estrutura, e tenho certeza, vai sacudir Sydney como essa cidade nunca viu antes, vem participar do Sydney Festival 2008. É um super evento que acontece anualmente, e reúne artistas de todas as partes do mundo. Para esta edição, também virão nomes de peso como da cantora Bjork, aclamada mundo afora.

É inexplicável a sensação de saber que em breve, muito breve, verei aquele espetáculo que o Monobloco sempre faz. Depois de segui-los pela orla do Leblon a Ipanema é impossível não se emocionar ao pensar na oportunidade de de vê-los em Sydney. E o melhor, antes do carnaval de Ouro Preto, onde pude me divertir horrores ao som do Monobloco no ano passado. That´s so exciting!

Além do Monobloco, o Bonde do Rolê, grupo direto de Curitiba, mas que aposta na batida do funk carioca (!), também se apresentará em Sydney. Prova de que o Brasil está com tudo aqui na terra dos cangurus.

Recado dado, é esperar o Monobloco. Uh, uh, uh que beleza!!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Carolina Machado: A chef!

Além do inglês, a Austrália tem me feito evoluir em outras vertentes. Uma delas, por mais incrível que possa parecer, é a culinária. Inacreditável como estou me virando bem nos temperos e quitutes. Arroz já é minha especialidade por aqui. Ok, ok, eu sei que arroz não é a coisa mais difícil de fazer, entretanto, um arroz, de fato, saboroso não é tarefa tão fácil assim. Mas, vamos lá, para provar que estou me virando bem na cozinha vou contar outras peripécias comestíveis que tenho tentado. Ontem fiz um macarrão (penne) com molho de atum, creme de leite, cebola e champignon. Tentem, eu recomendo. Ficou uma delícia.
Semanas atrás foi à vez de provar um macarrão alho e óleo que ficou dos deuses. Sem contar que outro dia, na casa de um amigo (Xandão), temperei um feijãozinho, que foi servido junto com o arroz de minha especialidade, e salsicha, elogiadíssimos!
Mamãezinha ficaria muito orgulhosa... afinal, em Niterói, ou Barra Mansa, eu quase nunca me aventurava na cozinha. Coisas que a Austrália faz com a gente... Carolina Machado quase uma chefe de cozinha, quem diria... Hehehehe...

Agora, prometo que nas próximas vezes vou me infiltrar no mundo dos doces! Vamos ver no que vai dar!!!

sábado, 25 de agosto de 2007

A árdua tarefa de falar inglês

Já se imaginou olhando para outra pessoa que está falando com vc e vc não está entendendo absolutamente nada? Pois é, é assim que eu me sentia quando eu cheguei aqui. Literalmente um peixe fora d´água. Era estranho olhar as pessoas conversando e elas não estarem falando a tua língua. Por mais que vc tentasse, não conseguia decifrar o que elas tanto fofocavam...
Menos mal hj em dia. Agora, o inglês já não é tão um bicho de sete cabeças assim. Pelo contrário, hj ele já soa mais harmonioso aos meus ouvidos. Até pq a convivência com vários australianos tem ajudado a dar um gás na nova língua.
Esta semana aconteceu um fato bem engraçado. É que eu tomo conta de duas lindas menininhas, Isabela e Carolina, australianas, mas filhas de mãe brasileira. Ou seja, elas falam português, além do inglês, o que é óbvio. Estava eu lá, na casa delas, dei comida, dei banho e chegou a hora de botar pra dormir. Foi então que Isabela sugeriu que eu lesse para elas um livro em inglês. Medo total! Até aí conversar em português estava sendo uma maravilha, agora contar história infantil em inglês, seria minha primeira vez!
Comecei a contar a história The cat in the hat... e foi hilário! Afinal, eu ainda sou aprendiz no inglês, enquanto as duas são feras nas duas línguas. Vez era Isabela, ora era Carolina, e lá estavam as duas me corrigindo na pronúncia de várias palavras. Além da correção, me ensinavam as palavras que eu sequer imaginava o significado.
Mas me sinto evoluindo a cada dia. Certas horas, o idioma flui naturalmente... Carregado de erros, mas sai da boca, pelo menos! Já aprendi, e tento usar todos os dias, várias gírias, ou melhor, expressões informais, comuns por aqui. Pensa que é fácil? A gente acaba sempre optando pelo formal. Talvez porque tenha sido a forma como aprendemos. É o mesmo que acontece quando um gringo aprende a falar português. O exemplo clássico foi hoje na sala de aula. Tenho uma professora que namora um brasileiro, então ela está aprendendo uma série de palavras e expressões na nossa língua. Hoje ela colocou algumas delas em prática e foi engraçado! Pude perceber como é difícil falar outro idioma! Não me senti uma completa idiota, como eu estava me achando até agora! E o melhor, ensinamos a ela algumas novas palavras! E salve, salve o português!

domingo, 19 de agosto de 2007

Hábitos australianos

Convivendo com um morador de Sydney há 15 anos, é possível reparar alguns gostos tipicamente australianos. Embora não seja nativo, Oscar Bravo, meu flatmate, aderiu a peculiaridades como um breakfast repleto de saladas e ovo. Bom, eu acho que ele aderiu a este estilo aqui né. Esta primeira refeição do dia ele come lá pelas 10h da manhã. Trata-se de um baita prato de tomate, pimentão, cebola, salpicado de pimenta, com um ovo tipo omelete com orégano. Péra lá que já vou explicar o porquê de ser tipicamente australiano. É que se vc for na esquina, em qualquer delas, terá pelo menos um café, e vc verá que as pessoas de fato se alimentam assim. Ele, ora faz em casa, ora toma café pela rua.
É comum por aqui, muito comum, tomar chá durante o dia. Chá no café da manhã, chá antes do almoço, chá no café da tarde, chá depois do jantar... E olha que eu achei que este fosse um hábito totalmente asiático... Além do chá tradicional, aqui é de praxe misturar leite. Dizem que fica uma delícia. Eu não provo pq odeio chá.
Já o café para ser bom, tem que ser de máquina. Eles não têm nosso estilo de usar o coador de café, ou o filtro de Mellita. E modéstia a parte, não sabem o que é um bom café.
O almoço é bem variado. Já vi gente comendo pasta (famoso macarrão), muitos comem comida japonesa, e claro, tem vários adeptos do fast food. Na rua, é impossível encontrar o tão delicioso arroz com feijão acompanhado de um bifinho. Se for pra comer um prato típico brasileiro, tem que fazer em casa. Curioso é que a comida deles, pelo menos nas casas australianas que eu freqüentei, tem sempre um tempero agridoce. Algumas das vezes fica até gostoso, mas outras cai muito estranho.
O café da tarde também é hora de voltar aos cafés. E comer, de novo, o pratão de salada com ovo, ou até há quem ouse ir de bacon, frango...
O jantar sai super cedo. Meu flatmate não come nada pesado depois das 21h da noite. Acha um absurdo eu tomar um potinho de iogurte (super light) às 22h. Aqui o normal é o jantar ser servido entre 18h e 20h, no máximo. Até pq nas casas que têm crianças, elas vão pra cama depois de comer. Até agora, só vi criança dormir no máximo até 20h.
Já tentei me deliciar de pizza aqui, mas confesso que foi uma decepção. Se for comprá-la no supermercado, os sabores mais comuns são havaiana e supreme. A primeira é presunto com abacaxi, e a segunda, tem um tempero agridoce e é cheia de pimentão. Frustração total... Fiquei sonhando com aquela delícia de frango com catupiry!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

A vida por aqui...

A vida na Austrália não é fácil não, mas é muito boa. Aqui você aprende a se descobrir; a valorizar e, acima de tudo, respeitar as pessoas; a sentir, de fato, todos os sentimentos; a cuidar do que é seu; a falar bem do Brasil, mesmo com tantos problemas; e mais e mais...
São vários os momentos de introspecção, mesmo porque aqui a solidão bate à porta dia-a-dia. Por mais cercado de amigos que você esteja, faz falta ouvir a voz da mãe, do pai, as brigas com a irmã, o latido da cachorra, o abraço apertado do afilhado, a fofoca no fim do dia, na esquina de casa, os passeios informais nos fins de semana... E são em tais horas que você descobre o quanto as pessoas são importantes na vida do ser humano. Ás vezes, o que você mais quer é o colo da mãe, mas ela está bem longe...Entretanto, tem o lado bom. Aqui você aprende a ser você. Não esconde seus medos, ousa trabalhar em atividades que você nunca se imaginaria, fala dos seus sentimentos mais profundos, vê, de fato, o que você gosta e não gosta na sua vida.
As pessoas passam a ser iguais, porque aqui a garçonete pode ser você, a babá, o barman, o pedreiro, o garçom, o montador de pizza, o polidor de copos, o limpador de vidro, o faxineiro, a camareira, o atendente, o padeiro, o lavador de pratos, certamente é algum dos seus amigos. Olha-se de igual pra igual.
A felicidade, aqui, mora num simples amanhecer ensolarado, com o barulho das ondas do mar, e a natureza aos seus pés (olhos). Aquele abraço apertado passa a ser o seu porto seguro. Falar com a família ao telefone dá uma euforia que substância nenhuma é capaz de dar. Abrir sua caixa de e-mail e ver os nomes de vários amigos, alguns que talvez você achasse que nem se lembravam mais de você dá uma sensação de ser amado, querido e lembrado, mesmo estando literalmente do outro lado do mundo. Sem falar na saudade, que, definitivamente, é um sentimento que dói, sufoca, te deixa de boca seca, por muitas horas...
O dinheiro ganha outro sentido. Você pensa em como era bom ir ao supermercado com 100 reais e conseguir comprar váááárias coisas! O suor do trabalho, também, tem outro gosto. Ver o dinheiro que vem de horas árduas ajuda a valorizar a profissão. E comprar, seja uma caneta nova, proporciona uma emoção e tanto. Agora, acho que poucas vezes falar do Brasil gera tanta satisfação. Sabe-se de tudo que acontece por aí, mas aqui ser brasileiro é motivo de orgulho. Todos enchem a boca pra falar “meu país é o melhor”... e olha que aqui é Austrália, 1º mundo, lindas praias, ruas limpas, sem violência...
Desenhar o mapa do Brasil, mostrar cada cantinho cheio de belezas naturais, e ver a cara de euforia das pessoas, não tem preço.



Curiosidades!!

Taí um assunto pra se pensar: ninguém no mundo, além de nós, escreve com letra cursora. Tooodas as pessoas que eu conheço aqui só usam letra de forma... Será que só no Brasil a gente aprende a escrever de “mãozinha dada”???

Catch up por aqui é fofocar... Up to é sair à noite... This sucks é algo como que merda... take it é pegou?... bum é bumbum... wiwi é xixi pra crianças..


O posto de gasolina não tem frentista não. O próprio dono do carro sai, coloca o combustível e, pasmem, coloca o dinheiro em uma máquina, DEPOIS de abastecer....o mesmo funciona para vagas na rua...o famoso flanelinha, legalizado ou não, é uma máquina, que você deposita o dinheiro referente ao período que você usa a vaga... Alguém acha que ambos dariam certo no Brasil??

Aqui em Bondi não tem nenhuma marca mundial de supermercados, tipo Carrefour, WalMart, Extra... As duas maiores redes australianas disputam todos os pontos, são elas Coles e Woolworths...

sábado, 4 de agosto de 2007

Curiosidades...

Coisas da Austrália


Tim Tam
Crush
Obrigação de usar cinto de segurança no banco de trás
Porshe para todos os lados
Comida com chili
Culinária tailandesa
Asiáticas ultras fashionistas
Japonês de cabelo duro
Anúncio de casa com a foto do corretor de imóveis
Hungry Jack (famoso Burger King)
Surfista japonês
Para usar o orelhão é preciso pagar 50 centavos
Trem moderno que liga praticamente todos os bairros da cidade


Coisas que eu nunca vi na Austrália

Mosca
Rato
Pão francês
Fubá
Pão de queijo
Feijão
Argentino
Presunto e mussarela fatiado
Mortadela
Cigarro a varejo




Coisas muito caras na Austrália

Cerveja – AUD $ 4.50 uma garrafa
Vodka – AUD $ 30
Cigarro – AUD $ 9 o maço com 20
Carne – em média AUD $ 10
Pasta de dente – AUD $ 4.50
Frutas – Banana AUD $ 1 cada uma
Unha – AUD $ 35 (pé e mão)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Oriente não é Ocidente

Definitivamente nós somos um povo diferente. Não que sejamos anormais no mundo, nada disso. Mas se formos nos comparar com os orientais, quanta diferença! O engraçado é que mesmo nascendo, crescendo e vivendo em mundos tão distantes crescem amizades, talvez, eternas.
Um aviso para quem vem para a Austrália: prepare-se para adotar um asiático. Eles são maioria entre os estrangeiros. Apesar de que nós brazucas não ficamos muito atrás não. Mas é comum andar pelas ruas de Sydney e se sentir em Tóquio, ou na Coréia do Sul, ou talvez na China. Alguns são ultra-fashionistas, outros mais normais, e há ainda os contidos, porém são todos apaixonantes e encantadores. Dá para notar só pelas fotos que eu tenho e posto no orkut (para quem me visita por lá); sempre tem um par de olhinhos puxados.
Conheci alguns de cada tipo e posso dizer com segurança, eu adoro vários deles. Ou até melhor, não tem um que eu não goste. In Woo, coreano mais próximo de mim, é um cavalheiro. Tá sempre nas minhas fotos! Ficou assustado (ou seria encantado?) de saber como é o carnaval no Brasil. Imaginem, eu contando para um coreano que não pode beijar em público na Coréia, que no Brasil, durante o carnaval, ou não, é tudo liberado! Ele logo falou que em 2009 estará em terras tropicais para curtir esta festa! Só esqueci de avisar que talvez as brasileiras não gostem muito do tipo físico deles...
Embora seja bem diferente do jeito brasileiro, aqui na Austrália eles podem se liberar mais um pouco. E aproveitam bem essa chance! As japonesas dançam muito engraçado... Os garotos se entopem de cerveja... E assim, curtem a vida longe dos próprios países, onde a criação é bem mais rigorosa.
Diferenças culturais à parte, eles são muito inteligentes, de verdade. Entendem gramática com a maior facilidade do mundo, têm vocabulário vasto, e só se embolam na pronúncia, até por que para eles é bem mais difícil falar, ao contrário do que acontece com os ocidentais, que têm, pelo menos, alfabeto semelhante. São interessados, e querem sempre saber pronunciar palavras em português. Ah, e todas as sextas-feiras agradecem aos amigos brasileiros! É que na escola é de praxe fazer um discurso no dia da graduação, ao fim do curso.
Ensinam uma lição de que neste mundo as diferenças não existem. Estão apenas na cabeça dos homens. Essa é mais uma que eu aprendi aqui, na terra do Tim Tam!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

A casa delas

Nova cidade, nova vida e, por conseguinte, novo lar. Mas elas sabem, não foi tão fácil assim encontrar a tão sonhada moradia na Austrália. Primeiro porquê para quem veio do Brasil pensar em dividir a casa com um desconhecido parecia roteiro de filme; muito longe da realidade carioca. Depois, foi a vez do dilema de procurar um quarto para duas, bem localizado, por um bom preço e com alguém que tivesse pelo menos uma cara amistosa.
A missão começou em um site de internet. Estranho para quem sequer imaginou oferecer uma parte da casa para um desconhecido. As primeiras buscas não foram tão entusiasmadas, já que a primeira temporada na terra dos cangurus seria em solo de brazucas. Mas depois de alguns dias de festinhas, bebidas e noites mais ou menos dormidas eis que a necessidade falou mais alto, e lá foram elas, enfim, atrás da casa dos sonhos.
Que tal um apartamento com vista para o mar, sala espaçosa, uma japonesa até simpática, com um cachorro também simpático, e um quarto para duas com banheiro? Parecia ser um prêmio da mega-sena. Empolgação à primeira vista, decepção poucos dias depois. O tal cara que alugaria o quarto pediu mais tempo, e isso era o que as duas menos tinham para gastar por aqui.
A luta continuou, como já dizia o presidente Lula. Nos momentos finais, já perto do fim da temporada em solo brazuca na Austrália, o desespero bateu. Uma bela manhã, que parecia perfeita para dormir e sair para passear, elas passaram no orelhão, que aqui se paga 50 centavos para usar, ligando para todas as opções que lhes pareciam interessante.
Visita aqui, visita acolá, e enfim, ela apareceu. Exatamente no lugar onde elas sonharam morar...vista para o mar de Tamarama - se não o mais, um dos mais bonitos, um flatmate com um sorriso largo e paz de espírito, um preço extremamente atrativo - se levada em consideração a gama de vantagens, pouco espaçoso, mas bem decorado, perto da escola, da praia, do parque, do ponto de ônibus, do pub, do restaurante, do supermercado...Bingo!
A mudança foi feita na hora certa. A vida começa na Austrália, em paz, de frente para o mar, morando com um nativo de Bermuda – o que deve ser muito raro de se conseguir, que cresceu na Inglaterra, e portanto tem inglês super ultra mega correto, mora há 15 anos na Austrália. Foi casado com uma australiana durante cinco anos, é filho de um bancário e uma professora, tem quatro irmãos, é jornalista, porém não escreve mais, adotou a profissão de paparazzi mas intercala a rotina de fotos com um roteiro de filme, ensina expressões novas, palavras mais informais, corrige erros e ainda por cima trata as duas como se fossem melhores amigas.

domingo, 22 de julho de 2007

A primeira vez

Eu adoro o novo! Não consigo viver na rotina, jamais. Por isso estou aqui, do outro lado do mundo, depois de jogar um punhado de coisas para o alto.
E acho que nada melhor do que o primeiro dia na casa nova para começar um blog, que já era aguardado há um mês. É, eu prometi e aqui está ele. Não vou prometer posts diários porque sabe como é né, agora a vida começa de verdade aqui na Austrália. Preciso trabalhar!!!
Falo isso, para os que não sabem ainda, porque me dei um mês de férias desde que pisei na terra dos cangurus. Mas pra mim, o mais importante por aqui não foram os cangurus, que aliás eu ainda não conheci de perto. Essa terra tem um biscoitinho sensacional, chamado Tim Tam. Quem já provou sabe do que eu estou falando. É bem parecido com o negresco coberto com chocolate que tem no Brasil, mas enfatizo, parecido. É uma das milhares de novidades que descobri nesse um mês de vida estrangeira. Bom, é isso, esse post é pequeno porque tem despedida de um novo amigo que já volta pro Brasa terça-feira. Aliás, aqui a gente aprende a ganhar e perder amigos num piscar de olhos...mais um ensinamento da terra dos cangurus!!

Beijo, gente!!