sábado, 12 de janeiro de 2008

Monobloco dá show em Sydney

Sydney foi contagiada pela energia do Monobloco na noite de sexta-feira. Dez, dos 19 integrantes da banca carioca levaram para o palco do Sydney Festival 2008 – o maior evento de música da Austrália - o calor do carnaval do Rio, e embalaram brasileiros e estrangeiros ao som de sucessos nacionais e internacionais. A platéia, de mais de 1.500 pessoas, cantou, dançou e se divertiu durante uma hora e meia de apresentação, britanicamente controlada pela organização do festival, que embora não tenha deixado o som rolar noite adentro, deu dicas de que o Monobloco pode voltar a Sydney mais breve do que se imagina.

No repertório, a banda passeou por Alceu Valença, Tim Maia, sambas-enredo, além de nomes internacionais como Bob Marley e Steve Wonder. O auge do show, no entanto, foi o solo da bateria, que contagiou brasileiros e estrangeiros, misturados na platéia animada. E ao som de Jorge Ben, o Monobloco trouxe até a Austrália a saudade do país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza.

A estudante de direito de Salvador, Larissa Mascarenhas, sentiu-se orgulhosa ao ver a banda no palco do Sydney Festival.

- Amei o show; muito brasileiro! – assegurou a estudante. - Sinto falta da alegria que a gente só tem no Brasil, e o Monobloco amenizou um pouco toda a saudade.

Pela primeira vez, a banda se apresentou em dois festivais na Oceania – um na Austrália e outro na Nova Zelândia. A turnê pelos dois países durou mais de 15 dias, e de acordo com os integrantes do Monobloco, foi única e inesquecível.

- A banda já começa o ano com chave de ouro ao participarmos de dois festivais tão importantes para ambos os paises – destaca C.A. Ferrari. – Foi um convite completamente inusitado, porque estávamos acostumados a ver a Austrália no mapa, mas não imaginávamos que viríamos até aqui. Na Nova Zelândia vimos que tem muita gente interessada na cultura brasileira. Aqui em Sydney não tivemos tempo de ter contato com a galera, mas o show foi gratificante; a energia foi maravilhosa. Queremos voltar, e com a banda toda.

Eufórico depois de dançar ao som do Monobloco, o australiano Sol Proops, morador de Bondi, em Sydney, contou que a sensação durante o show foi de mais euforia que final de Copa do Mundo de Futebol.

- Achei fantástico; é a primeira vez que vejo tanta energia junta em Sydney – enfatizou o australiano. – Foi um dos melhores momentos da minha vida. Foi muita energia em um só lugar.

Os ingressos para o Monobloco em Sydney, vendidos a AUD$ 36, esgotaram-se em menos de um mês.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Enfim, chegou o dia!

Faltam pouquíssimas horas para o mais esperado evento do ano em Sydney (pelo menos para mim!). O Monobloco deve subir ao palco no Hyde Park às 22h aqui, e 9h da manhã, no Brasil.
Antes disso, os meninos da banda, gentilmente, me concederão uma entrevista!! Uhuuulll!!

Ainda não sei ao certo onde e se será publicada a matéria, mas certo é que vou escrevê-la com toda a emoção possível e posto aqui para os meus lindos e amados leitores!

Uh, uh, uh, que beleza!!

Salve o carnaval do Rio!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Retrospectiva 2007

O ano começou intenso! Jornal do Brasil, editoria de Economia, caderno de Imóveis, ponte Rio - Niterói, tiroteios no Morro São Carlos, o mesmo no Turano, e na Mineira, e assim eu ia vivendo minha vida, esperando fevereiro chegar, junto dele minhas sonhadas férias, depois de um ano e meio de (árduo) trabalho.

Fevereiro veio, trazendo carnaval, e o rumo escolhido foi, de novo, Ouro Preto! Pela terceira vez estava lá, subindo e descendo ladeiras, correndo atrás dos blocos, pedindo para jogarem água das varandas das repúblicas enquanto o bloco do caixão subia até a Praça Tiradentes, dançando na lama ao som do Monobloco, e descendo até o chão com funk do MC Sapão. Se foi bom? Ouro Preto é sempre Ouro Preto, com sua magia religiosa que faz da festa de carnaval um culto ao divertimento.

Era março, e a hora de voltar ao trabalho vinha se anunciando. E foi aí que tudo aconteceu. Depois de pensar e repensar no que fazer da vida, resolvi mudar radicalmente e realizar um antigo (e adormecido) sonho. Fazer as malas e se aventurar pelo mundo: era a próxima missão. No entanto, onde aterrissar? Na lista, Londres, Paris, Vancouver, mas a escolhida foi Sydney. Talvez porque Carol Loira já estava na terra dos cangurus, e poderia facilitar todo aquele período duro de adaptação. Comecei, então, a sonhar com a vida lá do outro lado do mundo. Anúncio feito pra família, era hora de organizar tudo, e transformar sonho em realidade.

Abril passou voando, em meio a papeladas, exames médicos, pedido de demissão, dinheiro aqui, reserva de passagem para Sydney ali. Embora estivesse determinada, o destino me pregou uma peça, daquelas que, às vezes, são difíceis de achar explicação. Vi-me diante de uma paixão avassaladora. Sim, de sentir o coração bater forte ao ver o número dele no celular, e encher os olhos de lágrimas toda vez que pensava que a hora de deixá-lo se aproximava.

Dia 7 de maio foi, sem dúvida, um dia pra lá de especial. Fui acordada às 9 da manhã com uma ligação que significou meu melhor presente de aniversário. Do dia 7 em diante, vivi intensamente momentos de muita felicidade, rodeada de amigos, familiares, e da tal paixão! Com direito a um Trivela do Asa de Águia pra me despedir das tão amadas micaretas. O grande dia ia se aproximando, e o frio na barriga só aumentando!

Enfim, chegou junho. Passei um dia dos namorados que há muito tempo não imaginava ter. Felicidade plena! Tristeza que doía. Do começo do mês até o dia da viagem, marcada pra 17 de junho, um domingo, oscilei entre excitação, tristeza, euforia, melancolia, felicidade, carência, todo o mix de sentimentos possível. Ainda me lembro de estar no aeroporto e desabar no choro a última vez que falei com a minha irmã, poucos minutos antes de entrar para a sala de embarque. Foi lindo também, a Clarinha olhar e dizer “não vai Carol, vou sentir muita saudade”, e pra completar veio a Duda com suas sacadas adultas para uma garota de 8 anos, dizendo “Carol, você está chorando, é porque não quer ir”. Esperta demais, mas nesse caso, eu queria sim, e muito, ir.

A chegada em Sydney foi um tanto estranha. A temperatura estava completamente diferente do Rio, com direito a chuva e frio que aumentavam a saudade da cidade maravilhosa e seus arredores. Acho que a primeira sensação de calor só veio diante do monumento que é a Opera House, bem em frente a uma imponente Harbour Bridge. De tirar o fôlego, e se sentir, enfim, na Austrália!

Daí em diante, foram novas amizades, novas aventuras, novas praias, nova língua.

Passei o Natal, pela primeira vez, longe de casa. Até que foi uma festa bem legal, regada a muita comida e bebida. Agora, a queima de fogos da Harbour Bridge não sairá da minha memória jamais. Um espetáculo que, me desculpe Copacabana, foi o mais bonito que já vi na vida.

Aqui aprendi a dar valor à faxineira, até porque já fui uma delas. Aprendi que o garçom merece (e fica muito feliz) receber gorjeta quando ele faz um bom trabalho, porque tenho amigas garçonetes que ficam radiantes juntando as “tips”. Aprendi que a professora pode namorar o aluno, e ser aceita normalmente pela sociedade. Aprendi que um dia de folga pode parecer uma semana. Aprendi que família só existe uma, e faz muita falta.

Confesso, às vezes (muito raramente) sinto falta da confusão do Jornal do Brasil. Embora a Opera House seja maravilhosa, a vista da Ponte Rio – Niterói não tem preço. Havaianas, realmente, todo mundo usa, e elas são orgulhosamente brasileiras. O carnaval do Rio é mesmo uma festa mundial, porque todo mundo me pergunta sobre ele.

Até junho, continuo vivendo e aprendendo (muito) em Sydney. E essa experiência na minha vida, de fato, não tem preço, nem o Mastercard paga!